ah! minha viola, que tantos sons ja produziu!
que saudade dos acordes brilhantes, dissonantes ou
simplesmente afinados, que de teu bojo emanava.
Hoje estás encostado num canto, à espera do meu canto
e do meu toque em ti.
Toque às vezes carinhoso e suave, outras vezes bruto,
quase indelicado.
Teu braço, teu corpo, tua curvatura, tua aparerência.
Tudo continua como sempre. Não envelhecestes.
Sinto-me tentado a... agora mesmo envolver-te
em meus braços, e enquanto lhe toco com meus dedos,
dizer-te quase sussurrrando: acorde!
E por fim, num acorde menor, quase triste, te fazer cantar
uma doce melodia.
Adriano Monteiro
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