Continue a se mover. Não pare. Movimento é vida em estado bruto.
Adriano Monteiro
tudo o que der na cabeça, sobre qualquer coisa, a qualquer hora, onde quer que seja.
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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Desvendando mistérios mentais
Logo ali à frente mora a estupidez.
Ela tem como vizinha a genialidade.
Muitas vezes me confundi nos endereços,
e acabei batendo na porta errada.
Em algumas ocasiões, as vi andando lado à lado
e não soube distinguir quem era quem.
Na dúvida passei quieto.
Agora, parando p'rá pensar, acredito que provavelmente
elas eram irmãs gêmeas
e adoravam passar a perna em todos,
uma se fazendo passar pela outra.
Ou quem sabe ainda, num mundo menos maniqueísta,
talvez fossem vistas como
representações de uma unidade indissossiável,
onde o certo e o errado também possam ser tidos como
vizinhos, gêmeos ou unicidade.
Adriano Monteiro
Ela tem como vizinha a genialidade.
Muitas vezes me confundi nos endereços,
e acabei batendo na porta errada.
Em algumas ocasiões, as vi andando lado à lado
e não soube distinguir quem era quem.
Na dúvida passei quieto.
Agora, parando p'rá pensar, acredito que provavelmente
elas eram irmãs gêmeas
e adoravam passar a perna em todos,
uma se fazendo passar pela outra.
Ou quem sabe ainda, num mundo menos maniqueísta,
talvez fossem vistas como
representações de uma unidade indissossiável,
onde o certo e o errado também possam ser tidos como
vizinhos, gêmeos ou unicidade.
Adriano Monteiro
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
ANSEIOS
Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quirneras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...
Não 'stendas tuas asas para o longe..
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela,a soluçar...
FLORBELA ESPANCA
Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quirneras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...
Não 'stendas tuas asas para o longe..
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela,a soluçar...
FLORBELA ESPANCA
Redescoberta
Coisa mais linda é a redescoberta.
Sentir, provar, experimentar experiências
que a memória encobriu ou escondeu.
Trazer à tona um Eu, com "e" maiúsculo.
Ser tomado por sentimentos adormecidos.
É como tomar uma droga muito poderosa
que envolve e desperta os sentidos
num redemoinho descontrolado de emoções
que tanto pode te destruir
quanto proporcionar instantes
absolutamente mágicos.
Redescobrir-se deveria ser obrigação
para cada um de nós.
Não me refiro ao ato de rememorar
que trás em si uma passividade destoante
e distante.
Falo de uma imersão completa nesse mar
de águas azuis, que é o mar de desejos
de todo ser humano.
Redescoberta é retornar ao locus fulcral,
como se pudéssemos com uma máquina do tempo
ir ao encontro dos pontos-chave de nossas vidas.
Redescoberta é, afinal, o encontro com a felicidade.
Adriano Monteiro
Sentir, provar, experimentar experiências
que a memória encobriu ou escondeu.
Trazer à tona um Eu, com "e" maiúsculo.
Ser tomado por sentimentos adormecidos.
É como tomar uma droga muito poderosa
que envolve e desperta os sentidos
num redemoinho descontrolado de emoções
que tanto pode te destruir
quanto proporcionar instantes
absolutamente mágicos.
Redescobrir-se deveria ser obrigação
para cada um de nós.
Não me refiro ao ato de rememorar
que trás em si uma passividade destoante
e distante.
Falo de uma imersão completa nesse mar
de águas azuis, que é o mar de desejos
de todo ser humano.
Redescoberta é retornar ao locus fulcral,
como se pudéssemos com uma máquina do tempo
ir ao encontro dos pontos-chave de nossas vidas.
Redescoberta é, afinal, o encontro com a felicidade.
Adriano Monteiro
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
tristeza feliz
Diante das permanências de uma personalidade melancólica
apercebo-me que a tristeza poética enche-me de alegria.
Curiosa relação dialética
nem sempre bem compreendida.
Mera quimera de uma mente absorta,
imersa num universo multi-colorido
onde o cinza e o negro tem mais vida.
Adriano Monteiro
apercebo-me que a tristeza poética enche-me de alegria.
Curiosa relação dialética
nem sempre bem compreendida.
Mera quimera de uma mente absorta,
imersa num universo multi-colorido
onde o cinza e o negro tem mais vida.
Adriano Monteiro
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
gotas de sabedoria diária
"Aprendi a caminhar: desde então permiti-me correr. Aprendi a voar: desde então não espero ser empurrado para mudar de lugar".
Assim falou Zaratrusta - Nietzsche.
Assim falou Zaratrusta - Nietzsche.
sábado, 25 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
O outro Brasil que vem aí
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
de outro Brasil que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores das produções e dos trabalhos.
Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores das profissões e regiões.
As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
terão as cores variamente tropicais.
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil,
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem de morrer pelo Brasil
ânimo de viver pelo Brasil
mãos para agir pelo Brasil
mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e
norte-americanos a serviço do Brasil
mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).
mãos livres
mãos criadoras
mãos fraternais de todas as cores
mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
sem Irineus
sem Maurícios de Lacerda.
Sem mãos de jogadores
nem de especuladores nem de mistificadores.
Mãos todas de trabalhadores,
pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
de artistas
de escritores
de operários
de lavradores
de pastores
de mães criando filhos
de pais ensinando meninos
de padres benzendo afilhados
de mestres guiando aprendizes
de irmãos ajudando irmãos mais moços
de lavadeiras lavando
de pedreiros edificando
de doutores curando
de cozinheiras cozinhando
de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
Mãos brasileiras
brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
tropicais
sindicais
fraternais.
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse Brasil que vem aí.
Gilberto Freire
eu vejo as cores
eu sinto os passos
de outro Brasil que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores das produções e dos trabalhos.
Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores das profissões e regiões.
As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
terão as cores variamente tropicais.
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil,
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem de morrer pelo Brasil
ânimo de viver pelo Brasil
mãos para agir pelo Brasil
mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e
norte-americanos a serviço do Brasil
mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).
mãos livres
mãos criadoras
mãos fraternais de todas as cores
mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
sem Irineus
sem Maurícios de Lacerda.
Sem mãos de jogadores
nem de especuladores nem de mistificadores.
Mãos todas de trabalhadores,
pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
de artistas
de escritores
de operários
de lavradores
de pastores
de mães criando filhos
de pais ensinando meninos
de padres benzendo afilhados
de mestres guiando aprendizes
de irmãos ajudando irmãos mais moços
de lavadeiras lavando
de pedreiros edificando
de doutores curando
de cozinheiras cozinhando
de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
Mãos brasileiras
brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
tropicais
sindicais
fraternais.
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse Brasil que vem aí.
Gilberto Freire
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Da série, perguntas que não querem calar.
01. Como se escreve zero em algarismos romanos?
02. Por que os Flintstones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo?
03. Se depois do banho estamos limpos porque lavamos a toalha?
04. Se os homens são todos iguais, por que as mulheres escolhem tanto?
05. Por que a palavra ‘Grande’ é menor do que a palavra Pequeno’?
06. Por que ‘Separado’ se escreve tudo junto e ‘Tudo junto’ se escreve separado?
07. Por que quando a gente liga p/ um número errado nunca dá ocupado?
08. Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está fraca?
09. Como foi que a placa ‘É Proibido Pisar na Grama’ foi colocada lá?
10. Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo?
11. Se o Pato Donald não usa calças, por que ele amarra uma toalha na cintura quando sai do banho?
02. Por que os Flintstones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo?
03. Se depois do banho estamos limpos porque lavamos a toalha?
04. Se os homens são todos iguais, por que as mulheres escolhem tanto?
05. Por que a palavra ‘Grande’ é menor do que a palavra Pequeno’?
06. Por que ‘Separado’ se escreve tudo junto e ‘Tudo junto’ se escreve separado?
07. Por que quando a gente liga p/ um número errado nunca dá ocupado?
08. Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força, quando a pilha está fraca?
09. Como foi que a placa ‘É Proibido Pisar na Grama’ foi colocada lá?
10. Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo?
11. Se o Pato Donald não usa calças, por que ele amarra uma toalha na cintura quando sai do banho?
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
LUSÍADAS
106
No mar tanta tormenta, e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?
Luís de Camões
No mar tanta tormenta, e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?
Luís de Camões
domingo, 12 de dezembro de 2010
Esa luna color de viejo saxofón...
Esa luna color de viejo saxofón
me retendrá en París.
Esa luna color de vieja mariposa,
de alma vieja buscando sobre el viento
ojos para mirar el fin de siglo,
gatos que son las dudas de la noche.
Tiéndete junto a mí. Despierta en la memoria
esa inquietud que guardan los que acaban de amarse,
la imperceptible prisa de los labios
que buscaron un cuello donde apoyar su aliento.
Y déjame mirarte, frente a frente,
con estos mismos ojos orientales
que utiliza el amor para observamos.
Luis García Montero
sábado, 11 de dezembro de 2010
Papai Noel e as fases da vida.
"Aprendi que o homem tem quatro idades: quando acredita em Papai Noel, quando não acredita em Papai Noel, quando é o Papai Noel e quando se parece com Papai Noel".
Os ente.
Aumente! Saia da frente. não argumente, mas também não se ausente. Não foi suficiente, Aumente mais, aumente! isso! finalmente. Agora experimente não interromper a minha tela-quente. Enquanto vejo outro filme de delinquente, penso, ò xente! Devo estar doente. De repente, não consigo tirar da mente esse negócio de ente. Deve ser coisa do inconsciente. Sei lá. Antigamente diriam que é coisa de demente, hoje em dia seria indecente tal expediente. E mente quem não assente! Só faltava essa gente, a essa altura sentir dor de dente. Antes que ela aumente, serei valente e terminarei finalmente: Semente, indubitavelmente, lente, pente, rente, vente, sente, poente, tente, tenente, aguente, vagarosamente, insistentemente... eternamente.
Adriano Monteiro
Adriano Monteiro
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
receita das boas... do site livro de receitas.
Angu à baiana
1 (sopa) de coloral
3 (sopa) de óleo
3 de fubá
300 gramas de linguiça calabresa
300 gramas de mussarela ralada
300 gramas de bacon
1 quilo de carne moída
pimenta do reino a gosto
2 latas de milho verde
2 caldos de galinlha
cebolinha a gosto
1 litro de água
3 tomates
Para o molho:
3 caldos de picanha tempero caseiro de sua preferência
Colocar a água para ferver e fazer o angu com 2 caldos de galinha e reservar. Em uma panela colocar o óleo e o tempero, o coloral deixar fritar. Colocar carne moída e deixar fritar até secar a água por completo da carne. Em seguida colocar o tomate, e água o suficiente para cozinhar e ficar um caldo bem apurado. Em seguida colocar o milho verde, a linguiça, o bacon que já deve estar frito. Colocar o caldo de picanha a pimenta do reino deixar ferver mais um pouco, acertar o tempero e servir a vontade.
Modo de servir:
Colocar a mussarela no prato, o angu por cima e em sequida o molho de carne. Por cima a cebolinha tudo tem que estar quente para o queijo derreter. Acrescente um pouco de pimenta malagueta, e aproveite.
1 (sopa) de coloral
3 (sopa) de óleo
3 de fubá
300 gramas de linguiça calabresa
300 gramas de mussarela ralada
300 gramas de bacon
1 quilo de carne moída
pimenta do reino a gosto
2 latas de milho verde
2 caldos de galinlha
cebolinha a gosto
1 litro de água
3 tomates
Para o molho:
3 caldos de picanha tempero caseiro de sua preferência
Colocar a água para ferver e fazer o angu com 2 caldos de galinha e reservar. Em uma panela colocar o óleo e o tempero, o coloral deixar fritar. Colocar carne moída e deixar fritar até secar a água por completo da carne. Em seguida colocar o tomate, e água o suficiente para cozinhar e ficar um caldo bem apurado. Em seguida colocar o milho verde, a linguiça, o bacon que já deve estar frito. Colocar o caldo de picanha a pimenta do reino deixar ferver mais um pouco, acertar o tempero e servir a vontade.
Modo de servir:
Colocar a mussarela no prato, o angu por cima e em sequida o molho de carne. Por cima a cebolinha tudo tem que estar quente para o queijo derreter. Acrescente um pouco de pimenta malagueta, e aproveite.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
gotas de sabedoria diária.
"Só em nós mesmos podemos mudar alguma coisa; nos outros é uma tarefa quase impossível".
C. G. Jung
C. G. Jung
constatação
Como diria Gilberto Gil: Subo nesse palco, minha alma cheira a talco, como bumbum de bebê...
Nada como a experiência lá em cima, nem que seja rapidinha. A adrenalina vai lá em cima e mesmo assim você fica com aquela vontade de quero mais; ou seja, é duca!!!
Adriano Monteiro
Nada como a experiência lá em cima, nem que seja rapidinha. A adrenalina vai lá em cima e mesmo assim você fica com aquela vontade de quero mais; ou seja, é duca!!!
Adriano Monteiro
Para pensar...
"O que nos falta é a capacidade de traduzir em proposta aquilo que ilumina a nossa inteligência e mobiliza nossos corações: a construção de um novo mundo."
Herbert José de Souza (Betinho)
Herbert José de Souza (Betinho)
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
gotas de sabedoria diária
"Convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las."
Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues
ROTINA
chuva, sol, calor, preguiça, moleza, sonolência, trabalho, pessoas, pressa, dinheiro, decisões, atitudes, problemas, soluções, satisfação, insatisfação, cansaço, retorno, casa, comida, banho, televisão, telefone, computador, internet, riso, diversão, prazer, olhar, janela, chuva, noite, calor, preguiça, moleza, sonolência, cama, travesseiro, dormir, sonhar, dinheiro, soluções, satisfação, comida, riso,diversão, prazer,acordar,levantar,olhar,chuva,sol,calor,preguiça,moleza, sonolência...
Adriano Monteiro
Adriano Monteiro
sábado, 4 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
gotas de sabedoria diária
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
Fernando Sabino
Fernando Sabino
Velha companheira.
ah! minha viola, que tantos sons ja produziu!
que saudade dos acordes brilhantes, dissonantes ou
simplesmente afinados, que de teu bojo emanava.
Hoje estás encostado num canto, à espera do meu canto
e do meu toque em ti.
Toque às vezes carinhoso e suave, outras vezes bruto,
quase indelicado.
Teu braço, teu corpo, tua curvatura, tua aparerência.
Tudo continua como sempre. Não envelhecestes.
Sinto-me tentado a... agora mesmo envolver-te
em meus braços, e enquanto lhe toco com meus dedos,
dizer-te quase sussurrrando: acorde!
E por fim, num acorde menor, quase triste, te fazer cantar
uma doce melodia.
Adriano Monteiro
que saudade dos acordes brilhantes, dissonantes ou
simplesmente afinados, que de teu bojo emanava.
Hoje estás encostado num canto, à espera do meu canto
e do meu toque em ti.
Toque às vezes carinhoso e suave, outras vezes bruto,
quase indelicado.
Teu braço, teu corpo, tua curvatura, tua aparerência.
Tudo continua como sempre. Não envelhecestes.
Sinto-me tentado a... agora mesmo envolver-te
em meus braços, e enquanto lhe toco com meus dedos,
dizer-te quase sussurrrando: acorde!
E por fim, num acorde menor, quase triste, te fazer cantar
uma doce melodia.
Adriano Monteiro
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Noturno
Têm para mim Chamados de outro mundo
as Noites perigosas e queimadas,
quando a Lua aparece mais vermelha
São turvos sonhos, Mágoas proibidas,
são Ouropéis antigos e fantasmas
que, nesse Mundo vivo e mais ardente
consumam tudo o que desejo Aqui.
Será que mais Alguém vê e escuta?
Sinto o roçar das asas Amarelas
e escuto essas Canções encantatórias
que tento, em vão, de mim desapossar.
Diluídos na velha Luz da lua,
a Quem dirigem seus terríveis cantos?
Pressinto um murmuroso esvoejar:
passaram-me por cima da cabeça
e, como um Halo escuso, te envolveram.
Eis-te no fogo, como um Fruto ardente,
a ventania me agitando em torno
esse cheiro que sai de teus cabelos.
Que vale a natureza sem teus Olhos,
ó Aquela por quem meu Sangue pulsa?
Da terra sai um cheiro bom de vida
e nossos pés a Ela estão ligados.
Deixa que teu cabelo, solto ao vento,
abrase fundamente as minhas mão...
Mas, não: a luz Escura inda te envolve,
o vento encrespa as Águas dos dois rios
e continua a ronda, o Som do fogo.
Ó meu amor, por que te ligo à Morte?
Ariano Suassuna
Têm para mim Chamados de outro mundo
as Noites perigosas e queimadas,
quando a Lua aparece mais vermelha
São turvos sonhos, Mágoas proibidas,
são Ouropéis antigos e fantasmas
que, nesse Mundo vivo e mais ardente
consumam tudo o que desejo Aqui.
Será que mais Alguém vê e escuta?
Sinto o roçar das asas Amarelas
e escuto essas Canções encantatórias
que tento, em vão, de mim desapossar.
Diluídos na velha Luz da lua,
a Quem dirigem seus terríveis cantos?
Pressinto um murmuroso esvoejar:
passaram-me por cima da cabeça
e, como um Halo escuso, te envolveram.
Eis-te no fogo, como um Fruto ardente,
a ventania me agitando em torno
esse cheiro que sai de teus cabelos.
Que vale a natureza sem teus Olhos,
ó Aquela por quem meu Sangue pulsa?
Da terra sai um cheiro bom de vida
e nossos pés a Ela estão ligados.
Deixa que teu cabelo, solto ao vento,
abrase fundamente as minhas mão...
Mas, não: a luz Escura inda te envolve,
o vento encrespa as Águas dos dois rios
e continua a ronda, o Som do fogo.
Ó meu amor, por que te ligo à Morte?
Ariano Suassuna
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
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