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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Vulcões

Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal
Não tem a lividez sinistra da montanha
Quando a noite a inunda dum manto sem igual
De neve branca e fria onde o luar se banha.

No entanto que fogo, que lavas, a montanha
Oculta no seu seio de lividez fatal!
Tudo é quente lá dentro…e que paixão tamanha
A fria neve envolve em seu vestido ideal!

No gelo da indiferença ocultam-se as paixões
Como no gelo frio do cume da montanha
Se oculta a lava quente do seio dos vulcões…

Assim quando eu te falo alegre, friamente,
Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha
Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente! 


Florbela Espanca
2013, VENHA ME FAZER AINDA MAIS FELIZ... TÔ TE AGUARDANDO ANSIOSO!!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

VI E RECOMENDO.


... mais uma do TEMPO.

Hoje vejo que gostamos do tempo, mediante o benefício que ele nos traz. Junho e julho deixaram de ser tão atrativos quanto eram antigamente; por isso,  passamos a  tentar garimpar momentos. Frações de um tempo precioso cada vez mais esparso e escasso.


Adriano Monteiro

sábado, 12 de maio de 2012

Recordar o tempo mítico de minha juventude, onde a vida era multi-colorida, traz de volta a esperança que sigo pelo bom caminho... Fui feliz. Sou feliz. Serei ainda muito mais feliz...


Adriano Monteiro
Num momento de desassossego, valeria à pena dormir?
Melhor seria dormir à valer... vai saber...


Adriano Monteiro

domingo, 6 de maio de 2012

VOLÚPIA IMORTAL

Cuidas que o genesíaco prazer,
Fome do átomo e eurítmico transporte
De todas as moléculas, aborte
Na hora em que a nossa carne apodrecer?!

Não! Essa luz radial, em que arde o Ser,
Para a perpetuação da Espécie forte,
Tragicamente, ainda depois da morte,
Dentro dos ossos, continua a arder!

Surdos destarte a apóstrofes e brados,
Os nossos esqueletos descarnados,
Em convulsivas contorções sensuais,

Haurindo o gás sulfídrico das covas,
Com essa volúpia das ossadas novas
Hão de ainda se apertar cada vez mais!







Augusto dos Anjos

...SAUDADES DE QUEM NUNCA   
    EXISTIU. 
   RECORDAÇÕES DO SURREAL!!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

TEIA

Teci teu rosto em minha memória
durante imensas noites insones.
Chamei teu nome em sonhos,
vã tentativa de tornar-te real.
Sofri imensamente o adeus que não houve.
Padeci diante dos meus fracassos.
Estavas distante demais.
Miragem…
impossível te tocar.
Tornei-te um objeto inalcansável.
O nunca me parece tão longe…
será difícil te esquecer.
É tão real a solidão
e tão triste deixar de te amar
sabendo que tudo não passou de uma ilusão.



Claudia Marczak

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Revoltado

Leia isto:

Tenho cara de otário? não?!

então vá se foder!!

não sabe ler?

então oiça isto:

Tenho cara de otário? não?!

então vá se foder!!

Entendeu ou quer que desenhe também?


Adriano Monteiro

domingo, 11 de março de 2012

Gotas de sabedoria diária

Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi.


Mário de Andrade

quinta-feira, 8 de março de 2012

BEM NO FUNDO.

No fundo, no fundo, bem lá no fundo, a gente gostaria de ver nossos problemas resolvidos por decreto a partir desta data, aquela mágoa sem remédio é considerada nula e sobre ela - silêncio perpétuo extinto por lei todo o remorso, maldito seja quem olhar pra trás, lá pra trás não há nada, e nada mais.    Mas problemas não se resolvem, problemas têm família grande, e aos domingos saem todos passear o problema, sua senhora e outros pequenos probleminhas.


Paulo Leminsky

Jan saudek

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Numero seis

Me besa me desnuda hace de mi lo que quiere estoy borracha todo me da vueltas tengo que ir al baño dos veces para no vomitarle encima se marcha temprano a toda prisa no hay despedida nota justificativa o teléfono de contacto solo dudas todos los hombres son príncipes a las cinco de la mañana todas las putas son tú cuando despiertas y no hay nadie


Pablo García Casado

Azul Russo.

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Nina Bleu vem aí