aqui onde a coruja não dorme.: fevereiro 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Água

Meus senhores eu sou a água

que lava a cara, que lava os olhos

que lava a rata e os entrefolhos

que lava a nabiça e os agriões

que lava a piça e os colhões

que lava as damas e o que está vago

pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água

que rega a salsa e o rabanete

que lava a língua a quem faz minete

que lava o chibo mesmo da raspa

tira o cheiro a bacalhau rasca

que bebe o homem, que bebe o cão

que lava a cona e o berbigão.

Meus senhores aqui está a água

que lava os olhos e os grelinhos

que lava a cona e os paninhos

que lava o sangue das grandes lutas

que lava sérias e lava putas

apaga o lume e o borralho

e que lava as guelras ao *******

Meus senhores aqui está a água

que rega rosas e manjericos

que lava o bidé, que lava penicos

tira mau cheiro das algibeiras

dá de beber ás fressureiras

lava a tromba a qualquer fantoche e

lava a boca depois de um broche

Manuel Maria Barbosa du Bocage.

Uma certa terça-feira de minha vida.

Arvorado na beleza de um céu azul de brigadeiro
desfruto com gosto, uma brisa leve e suave.
Observo de minha varanda, que se oferece de braços abertos,
o movimento de um dia feliz de verão.
Sem pensar em nada de importante, apenas sorvo imagens.
Momento remoto, instante mágico, tempo fugaz.
Aguardo, e sigo. A vida continua. Não importa,
a transitoriedade me faz bem. Nela encontro paz,
e renovo minha gratidão à vida.

Adriano Monteiro

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Expêriencias novas na vida...

Como é bom desabafar,
como é bom libertar-se de alguns fardos,
como é importante dialogar!
Mas, como é desagradável ter oportunidades e não aproveitá-las.
E como é incômodo pensar que devia ter se jogado no precipício de cabeça e não de para-quedas!

Adriano Monteiro