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sexta-feira, 10 de junho de 2011

OS EXILADOS

Eles tristes, das praias do desterro,
Os olhos longos e arrasados de água
Estendem para aqui... Cravado o ferro
Da saudade têm n’alma; e é negra mágoa
A que lhes rala os corações aflitos,
É a maior da vida - são proscritos,
Dor como outra não há, é a dor que os mata!
Dizer eu: «Essa terra é minha... minha,
Que nasci nela, que a servi, a ingrata!
Que lhe dei... dei por ela quanto tinha,
Sangue, vida, saúde, os bens da sorte...
E ela, por galardão, me entrega à morte!


ALMEIDA GARRET


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