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terça-feira, 23 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mais uma descoberta sobre o tempo.

Segundos, minutos, horas. Manhã, tarde e noite. Dias, semanas, meses. Anos, décadas, séculos. O tempo passa. Vai e volta. Vai e não volta. Brinca de correr, como se dissesse que quem chegar por último será mulher do padre. Eu começo a achar que quem brinca com o tempo sempre acaba perdendo...

Adriano Monteiro

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

MARC BLOCH - UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA.

“Uma palavra, em suma, domina e ilumina os nossos estudos: “compreender”.
Não afirmemos que o bom historiador é alheio às paixões; tem aquela, pelo menos.
Palavra essa, não tenhamos ilusões, cheia de dificuldades, mas também de esperança.
Palavra cheia, sobretudo, de amizade.
Até na ação julgamos de mais.
É tão cômodo gritar “à forca”!
Nunca compreendemos bastante.
Quem difere de nós – estrangeiro, adversário político – passa, quase necessariamente, por mau.
Mesmo para orientar as lutas inevitáveis, seria necessário um pouco mais de inteligência das almas; com mais forte razão se as queremos evitar, quando ainda é tempo.
A história, se renunciar ela mesma aos seus falsos ares de arcanjo, deve ajudar a curar-nos desta mania.
Ela é uma vasta experiência da diversidade humana, um longo encontro dos homens.
A vida, como a ciência, tem tudo a ganhar se o encontro for fraternal”.

DIA DO HISTORIADOR.

Dezenove de agosto é dia do historiador. Data que homenageia um trabalho, um ofício, um fazer, silencioso e pouco valorizado pela maior parte da população, mas que ainda sim, é fundamental para o conhecimento das relações na sociedade ao longo do TEMPO. Espero que ao longo de um tempo futuro eu possa ver esse ofício um pouco mais dignificado.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Conforto nas palavras.



Represa da alma, fortaleza do desejo:

nas palavras encontro escudo e defesa.

Mas o bulir no âmago de meus segredos

traz-me tenebroso impulso de desnudar-me,

compelindo-me a usar desta arma contra mim mesmo,

mostrando a carne dilacerada pelo turbilhão

descontrolado que me aflige.

Sou belo;  sou feio; audaz; covarde; criativo e contemplativo.

Caleidoscópio da vida.

Microcosmo pusilânime que cada dia mais conheço.

Palavras que tornam-me mais razoável e compreensível,

num complexo e imbricado desafio

rumo ao equilíbrio desequilibrado.


Adriano Monteiro

FRAGMENTOS (1)


Me quer ? Não me quer ? As mãos torcidas
os dedos
despedaçados um a um extraio
assim tira a sorte enquanto
no ar de maio
caem as pétalas das margaridas
Que a tesoura e a navalha revelem as cãs e
que a prata dos anos tinja seu perdão
penso
e espero que eu jamais alcance
a impudente idade do bom senso


Vladimir Maiakóviski

SEMIÓTICA NATURALISTA.



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

LIDOS.

CHAGALL

SAUDADES.


LAURIE LIPTON.

laurie Lipton

INGRESSO GARANTIDO.



DECLARAÇÃO SILENCIOSA.

Atenta para isto!

Pois então?!

Percebes o que digo, ao nada dizer?!

No silêncio do longo tempo está guardado o melhor,

como vinho raro, em barris de carvalho,

aguardando o momento de ser revelado.

Toma pois comigo, este cálice, da melhor safra da minha vida;

ainda que seja um gole, deleita-te no que te ofereço de melhor.


Adriano Monteiro.

DESMAYARSE, ATREVERSE, ESTAR FURIOSO

Desmayarse, atreverse, estar furioso,
áspero, tierno, liberal, esquivo,
alentado, mortal, difunto, vivo,
leal, traidor, cobarde, animoso,
no hallar, fuera del bien, centro y reposo,
mostrarse alegre, triste, humilde, altivo,
enojado, valiente, fugitivo,
satisfecho, ofendido, receloso.
Huir el rostro al claro desengaño,
beber veneno por licor süave,
olvidar el provecho, amar el daño;
creer que un cielo en un infierno cabe,
dar la vida y el alma a un desengaño:
esto es amor. Quien lo probó lo sabe.

Lope de Vega.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SAUDADES...




VIAJAR E RETORNAR.

Depois da ressaca de prazer, o retorno ao dia-a-dia torna-se mais sofrido.

Viajar é sempre prazeroso. Escapulida da realidade, mergulho num sonho bom, transfiguração, transmutação, conhecimento e esquecimento.

Nas descobertas de uma nova realidade, de um outro modo de ser, pensar, agir, sentir, nos tornamos outros.

Retornar, no entanto, é pôr de lado toda essa massa de experiências e vivências,  especular o quanto foi bom, e começar a planejar a próxima viagem.

Adriano Monteiro.